quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Visita ao Centro (Porto Alegre)

Desci do ônibus e me veio aquela sensação de “volta ao lar”, embora eu nunca tenha morado realmente no centro de Porto Alegre, mas foi como me senti, como se tivesse chegado em casa. Trabalhei naquele lugar durante uns 8 anos da minha vida... e como sinto saudades, dos sons tão familiares, dos cheiros característicos que se sente a medida que você vai caminhando, o perfume das tendas das frutas, aquele cheirinho de cachorro quente (das barraquinhas de rua, morte lentas) hehehe, confesso que nunca comi cachorro quente de rua no centro, mas o cheiro é bom, cheiro de sorvete, o cheiro do ar da rua da praia, até o cheiro dos morcegos que no verão fica bem acentuado em alguns pontos do centro. O cheiro das cafeterias, aquele aroma de café forte e pão de queijo em um dia frio é o que há de mais reconfortante no universo. Entrar no mercado público... Nossa! É um banquete ao meu olfato, deste o cheiro suave de incensos e velas artesanais até o cheiro forte de carne, peixes e frutos do mar.


Eu adoro o centro! Caminhar pelas ruas e olhar o alto dos prédios que parecem recortar o céu azul infinito e perfeito! E sempre tem alguém cantando em algum lugar do centro, adoro música, artistas de rua fazem parte do cenário na rua da praia.


A diversidade de pessoas também é algo que me encanta, desde os velhinhos pensadores que freqüentam o Mac café para ler e interagir com outros membros da terceira idade. Tem também as ciganas que ficam querendo ler tua mão em troca de algum trocado, quase sempre em frente ao Banco do Brasil perto da Prefeitura...destas eu passo longe, não sei por que, mas não gosto de ciganas... mas quando passo ao longe gosto de observá-las.


Então semana passada eu estava me sentindo muito triste, por isso fui ao centro. Quando estou triste procuro fazer coisas que me dêem prazer, então saí mais cedo da construtora peguei o ônibus, não gosto de ir no centro de carro, não tem a mesma sensação que ir de ônibus...de carro sempre se fica em algum engarrafamento, as pessoas se atravessam na tua frente, e ainda leva um ano para estacionar... de ônibus é só descer e sair caminhando entre as milhares de pessoas que lá sempre se encontram.


Quando cheguei tive a certeza de ter feito a coisa certa, só de estar lá já me senti melhor, fui nos meus lugares preferidos, no rua da praia, tomei meu café especial na lancheria do 2° piso do Shopping, na banca dos doces pedaço do céu, saboreei meu bombom preferido e após fui ao cinema.


Antes caminhei pelas ruas, fui nos sebos de livros, adoro o cheiro dos sebos também, é um cheiro de antiguidade que impõem um certo respeito ao lugar. E sentir as texturas dos livros, adoro livros, sou fascinada por eles.


Então minha visita ao centro, foi incrível, muito reflexiva e muito prazerosa também.


Um grande beijo!

Um comentário:

  1. Te imaginar triste é te imaginar fazendo exatamente isso... Tens o dom de "trocar a tristeza" pelos pequenos prazeres, mas que se tornam grandes dentro de você.

    Como queria ser assim!

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